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PRESENÇA

 

 

            Ele ainda era um menino quando se fora. Ela, também uma menina, ficou com medo de esquecer-lhe. Por isso, logo que percebeu que não mais o veria pegou tudo que ainda tinha dele, os traços, o sorriso, o cheiro e guardou tudo em um baú.

            Anos haviam se passado desde então. Ela, hoje uma velha, às vezes quando sentia o silêncio da casa vazia abria o velho baú e tirava lá de dentro seu menino, a única coisa que permanecia jovem na casa, como no dia em que foi lá deixado. Brincavam o dia todo, conversavam, sorriam... Quando matava a saudade ela o guardava novamente. Até o dia em que o próprio menino abriu o baú, chamou-lhe de um aceno, e ela que esperara este dia durante anos, sem pensar o seguiu para dentro da caixa para ela também se tornar, para o resto do mundo, apenas uma lembrança.